Papa Leão defende família tradicional e condena aborto em discurso a diplomatas
- 16/05/2025
O Papa Leão XIV defendeu os valores tradicionais de família e condenou o aborto, em seu primeiro discurso a diplomatas de cerca de 185 países, no Vaticano, nesta sexta-feira (16).
Falando sobre a necessidade de paz, verdade e justiça entre os povos, o novo líder da Igreja Católica reafirmou a definição cristã de família, formada por um casamento heterossexual.
“É responsabilidade dos líderes governamentais trabalhar para construir sociedades civis harmoniosas e pacíficas. Isto pode ser alcançado sobretudo investindo na família, fundada na união estável entre um homem e uma mulher. Uma sociedade pequena, mas genuína, e anterior a toda a sociedade civil”, defendeu o pontífice.
Leão também destacou a posição da Igreja contra o aborto. “Ninguém está isento de se esforçar para garantir o respeito pela dignidade de cada pessoa, especialmente das mais frágeis e vulneráveis, desde o nascituro ao idoso”, afirmou.
Além disso, o papa pediu o fim do comércio de armas. Ele condenou os conflitos causados pelo "desejo destrutivo de conquista", destacando a situação na Ucrânia e em Israel.
Ele ainda se posicionou a favor do diálogo interreligioso e ressaltou a importância da liberdade religiosa.
Defendendo os imigrantes
No discurso, o líder também declarou que a dignidade dos imigrantes deve ser respeitada.
Leão, que nasceu nos Estados Unidos e viveu como missionário no Peru, disse que sua própria jornada o faz pedir compaixão e solidariedade para aqueles que buscam uma vida melhor em outras nações.
"Minha própria história é a de um cidadão, descendente de imigrantes, que por sua vez escolheu emigrar", observou ele.
"Todos nós, no decorrer de nossas vidas, podemos nos encontrar saudáveis ou doentes, empregados ou desempregados, vivendo em nossa terra natal ou em um país estrangeiro, mas nossa dignidade sempre permanece inalterada. É a dignidade de uma criatura querida e amada por Deus", acrescentou.
Leão terminou seu discurso destacando que a Igreja não hesitará em usar uma "linguagem contundente" quando necessário para falar a verdade aos poderosos do mundo.
